terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Vida anfíbia

Baby, estou voltando pra casa
você sabe
flerto com o eterno e acabo no efêmero
se estou na rua, estou na tua
se estou na tua, estou em casa
sou de lua

viro a lato do lixo
me lixo para o nexo
me fixo no fluxo
sou viralata de luxo
minha vida anfíbia, Baby
second life
lado oculto dark side
tem sido sempre assim
a walk in the wild side
mas sempre volto, Baby.

chupo o néctar do inútil
sou fútil, meu bem
não moro, transito
quando mordo, não escondo os dentes
em casa namoro o trânsito
quando morto, nasço de repente
desço ao fundo do poço
mas volto sempre, Baby

Baby, às vezes surto,
mas no delírio me reconheço
quando choro, não uso colírio
mas não se assuste, sou subtil
roubo um beijo, levo um tapa
dou a outra face
leva um tempo, baby
roubo o queijo e fujo para o escuro
o meu refúgio
mas no fundo do túnel vejo claro
estou voltando pra casa, Baby

Um comentário:

  1. Sérgio,
    Espaço interessante para versos iconoclastas e livres. Quase um rock aos meus ouvidos...ou um blues.
    É bacana ser a primeira dos que virão seguir seus escritos.
    Bye.
    Genny

    P.S. Grata pela visita ao meu "baú". Retorne sempre.

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